Se dependesse de torcida organizada, o prêmio do "Ídolos" seria de Maria Christina: um grupo de familiares e amigos, devidamente uniformizados, dominou a torcida durante a gravação aberta à imprensa, nesta segunda (20), do primeiro episódio da nova fase do reality show exibido pela Record. Sob o comando do produtor que aquecia a platéia, os berros de "Maria!"se sobressaíam quando surgia a pergunta "quem vai ganhar o 'Ídolos'?
"Mas a torcida no estúdio não vale nada além de compor o clima da transmissão. Aliás, alguns dos jurados acham que isso pode até atrapalhar o candidato, exacerbando sua confiança. "Ninguém fala com os jurados depois, ninguém tira satisfação. Também não quero ninguém indo pedir para tirar foto com {o apresentador do programa] Rodrigo Faro", orienta a produção para a platéia. Em troca de horas de palmas e obediência, só um inesperado "showzinho" de Faro cantando e dançando músicas do Backyardigans para a filhinha que assistia à gravação.
Para conquistar os votos do público --que vota via Internet e celular em seu candidato favorito--, Maria e seus colegas enfrentam, a partir desta terça (21) uma nova fase do prograna, chamada de "Concertos". Com o número reduzido a dez, os participantes são muito mais facilmente identificáveis do que na fase anterior, quando eram 30. Como a cada semana será eliminado quem tiver menos votos, a ordem é nunca passar despercebido. O moicano rosa de Maria deve ajudá-la nessa tarefa.
"Ídolos" começa agora sua fase final. "Final" é modo de dizer, já que, nos programas da "família" de "Ídolos", é exatamente nesta fase que o jogo realmente começa, com palco maior, banda ao vivo e, pelo menos em tese, um conjunto de candidatos superior ao das etapas passadas.
Agora, a cada semana, as apresentações seguem um tema, para testar a versatilidade dos candidatos. O tema de estréia é "Meu ídolo é...", em que os candidatos cantam músicas de seus artistas preferidos. A gama apresentada foi de Chico Science a Exaltasamba.
Mas e a fama vem?
A possibilidade de o vencedor de "Ídolos" se tornar apenas um semi-anônimo, como quase todos os vencedores de reality shows do gênero no país, não é ignorada pelos participantes, ainda que, nesta edição do reality da Record, o prêmio seja um contrato com a gravadora Sony BMG, bem mais do que as versões passadas garantiam.
Em sua primeira coletiva à imprensa, os candidatos foram unânimes ao expressar o "pé no chão" com relação à expectativa que têm com o programa.
"Fama eu não sei. Mas certamente a visibilidade do trabalho será maior sim, e as portas vão se abrir", diz Amandí Cortez. O colega Rafael Bernardo completa: "Pode não ser exorbitante, não ser para a massa, mas vai ser para nós. Cada um vai ter o que é seu".
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